sábado, 22 de maio de 2010

a poesia ainda continua a ser a tal arma , sendo que há poemas que estão mais a (r) mados que outros.

( para o antónio )




Lisboa , naquele tempo em que a luz era a mesma de hoje e as gaivotas se passeavam no tejo como ainda hoje , mas em que tudo me aparecia diferente.
O amarelo eléctrico lento a subir e as descer as ruas e nós lá dentro.
De vez em quando saíamos:-Olha ali uma tasquinha , que bom aspecto!
-E entrávamos. Os cheiros dessa cidade, as pedras, os lugares , as portas que se abriam e ainda não se fechavam; os amigos.

Todos éramos tantos , individualmente sós na verdade , mas quando acontecia o encontro , isso é que era a festa.
A tasquinha, o cheiro a polvo frito, o pastel de bacalhau a olhar-nos atrevido , os copos , os cálices.
Os dias na cidade de outrora em tudo semelhante a tudo como a cidade de hoje.
Porém diferente.Lisboa a sorrir para nós em cada dia que passava, unida na luz e na voz.




Todos não são tantos por
longe se diga como e porquê.

Sabe-se lá se isso é
que distância como e porquê.

Os dias cabem nos olhos
nos teus olhos como e porquê.

O príncipio acabado antes de começar
abre horizontes como e quer que.

-Seguros não tantos e mim regressa todos
não são tantos por
longe se diga como e porquê.

Não tenho segredo nenhum.Todos
os meus actos e comportamentos atá ao cheiro
do meu cheirar me entram pelos olhos.
Vejo até ao fundo das tripas.



(estar ou a cabeça na barriga- antónio tavares manaças)

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