Portugal tem destas coisas, por um lado, deixa morrer tradições, culturas e agora até tira o pão à classe média-baixa. Mas não deixa de construir escadarias para sítio nenhum, na simples suposição de que se o povo não entender o que é aquilo, então é arte.
Cada vez mais acredito que Portugal é uma família destruturada onde já não há dinheiro para pagar a renda da casa ou abastecer o frigorífico, mas se continuam a comprar “cães de louça”, num claro equívoco de que se trata de um investimento em arte ou um acrescento estético que acabará por se reflectir na produtividade da família.
Construir escadas para o céu pode até ser uma boa ideia, mas deveria (pelo menos enquanto não nos sobrar dinheiro para fazer escadas para nos fazer descer à terra) ser feito com outro respeito pelos dinheiros públicos. Dinheiros que, neste caso, não resultam sequer – ou apenas – do descontrolo deslumbrado de um autarca, já que o Polis era um programa financiado apenas parcamente pelas Câmaras Municipais. É que 90% das verbas são asseguradas pelo Estado e pela União Europeia
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